Por vezes deixo-me levar seriamente por
preocupações. Penso e volto a pensar sobre coisas que não merecem a pena. Penso
sobre o que devia ter feito no passado, o que estou agora a fazer e o que devia
fazer amanhã.
De certa maneira, refletir sobre estes
problemas é importante, mas não até ao ponto de ficar maldisposto e de impedir a minha produtividade. Infelizmente, tenho-me sentido assim
ultimamente.
Só quando estou mais bem-disposto é que
consigo pensar sobre os problemas que afetam as pessoas no dia-a-dia. E quando
isso acontece percebo a pequenez dos nossos, e dos meus, problemas. Que quando
comparados com os problemas, desta vez reais, de tantos outros, parecem
estupidamente insignificantes.
Que importância tem se estamos aborrecidos no
nosso trabalho, ou se não sabemos aquilo que vai acontecer para a semana, ou se
vamos ter dinheiro para umas férias, quando há pessoas
que nem têm que comer?
Mas é tão fácil esquecer isso.
Qual é a dimensão dos nossos problemas à escala
nacional, europeia ou mundial? Estamos assim tão concentrados em nós mesmos que
acabamos por achar que os nossos problemas são da mais absoluta importância?
Bastava ter consciência da nossa pequenez para
que os “problemas” deixassem de o ser; se víssemos o mundo maravilhoso que se
nos é apresentado; se percebêssemos as oportunidades que temos.
Mas é tão difícil concentrarmo-nos no mais importante, e perceber que o mundo, quer tenhamos “problemas” ou não, vai
continuar a girar e os pássaros vão continuar a cantar todos os dias. Que não
vale a pena pensarmos tanto, porque esses problemas são tão insignificantes e porque o nosso tempo aqui está contado. Que mais
vale aproveitar todos os dias e deixar que os “problemas” se desvaneçam na
nossa propositada desatenção.
E é quando percebo isso que consigo olhar o
mundo com olhos de ver. Que percebo a ligação entre tudo e todos. Que vejo a
beleza que há na vida. E sinto um arrepio que me desce pela espinha e me diz –
estás ligado.
Mas tal como o mundo, a vida vai girando. E os nossos “problemas” voltam tão depressa como fugiram, num movimento desenfreado que nos volta a encher a cabeça.
Mas nessas alturas lembro-me das conclusões a
que cheguei nos momentos mais felizes. E lembro-me que posso treinar no sentido
de ser mais positivo e de ver a vida por outra perspetiva. E que se tiver de
forçar o meu comportamento até ser uma daquelas pessoas que parecem estar sempre
felizes, então que seja.
É por isso que estou a trabalhar nos meus hábitos e a tentar adotar uma maneira de pensar mais positiva. E este mês comecei o 3º hábito da minha série de
6 meses e 6 hábitos. Vou, de uma vez por todas, começar a meditar, esperando que daqui um mês seja mais fácil controlar os meus pensamentos.
Espero bem que assim o seja. Mas se o problema não ficar resolvido, continuarei a tentar.
Conhece a página do Facebook d'O Macaco de Imitação.
Artigos relacionados:
Etiquetas: desabafos, hábitos, importância dos nossos problemas, pensar, problemas, refletir